Reflexões sobre um ano de "Jornada para um Sonho"

Foto tirada da sacada do nosso apartamento em Kione DeuSol, Andorra

Celebramos um ano de Jornada para um Sonho no dia 25 de outubro passado. Uhuu! Incrível! Como passou rápido! Desde então, visitamos Tailândia, Malásia, Singapura, percorremos, de carro, um bom pedaço da Europa e da Rússia. Quanta experiência! Na verdade, verdadeira mesmo, não importa número de países, quilometragens ou tempo. O que merece atenção nessa experiência de vida é o movimento para o desconhecido, aprender que o importante é tirar a parte boa de tudo que acontece, mesmo os acontecimentos ruins e também aprender a discernir o que é mesmo necessário para nossa vida. Desfrutar cada momento belo que nos deparamos. Desde uma linda plantação de girassóis até a grandiosidade do mar e das montanhas. De uma simples casinha no campo até os grandiosos palácios e castelos. E, por fim, aprender a lidar com as diferenças socioculturais que temos nesse mundão afora.

Me lembro de uma oportunidade em que um amigo  nos sugeriu para mudarmos o nome de Jornada para um Sonho para algo que significasse a realização, pois já estamos realizando o sonho. Ele disse que a jornada para o sonho já passou. Bem, digamos que insistimos em continuar com o nome de Jornada para um Sonho, porque, apesar de estarmos de fato vivendo o que planejamos durante 05 anos para chegarmos até aqui, nossa vida atual é uma  trajetória (jornada) de autoconhecimento, de resiliência, de aprendizagem de convivência a dois 24 horas sem refresco - risos! De aprender a lidar com as saudades dos amados que estão bem distantes e graças à tecnologia, trocamos notícias regularmente. E de desapego como, por exemplo, deixar de comprar aquele vestido ou sapato lindo que vi na vitrine, porque os que tenho também são bonitos e ainda podem ser usados e, também, porque não cabem mais nada do carro! - risos, risadas e mais gargalhadas! Brincadeirinhaaaa...bem..com...um pouquinho de verdade. Está bem!😅 Mas, lhes garanto de que o desapego vai bem além das necessidades materiais. É...aprendemos muito!

Uma amiga, linda do meu coração, me presenteou um livro muito legal. O título é Tirando os sapatos, de Nilton Bonder. Trata-se de um relato pessoal a respeito de uma viagem pelo Oriente Médio e como essa viagem marcou a vida do autor. Estou gostando muito, pois trata-se de um desbravador, a procura de novos caminhos, novos ângulos, novos olhares. Uma parte do prefácio do livro, escrito por Ali Kamel, fala sobre os turistas espirituais e acho que isso nos descreve bem. Os turistas espirituais peregrinavam para exorcizar seus festiches e seus apegos sempre atrelados a uma terra que conheciam e que julgavam ser o seu território. Eles largavam tudo para desbravar novas terras e se perguntassem para onde estavam indo, eles respondiam que iam para um lugar livre de si, de suas certezas e convicções. Lugar onde pudessem ser alforriados de seus olhares viciados, salvos do tédio, de suas desconfianças, resgatados do fastio de suas preferências. É bem por aí o nosso caminho. 

Continuamos, então, a nossa peregrinação, carregando em nossos corações a única bagagem que fazemos questão de manter 👉o amor que temos pelos netos, filhos, irmãs, irmãos, mãe, demais familiares e amigos. 💓💕💖💞








Comentários

Edison Pratini disse…
Úúúú! Minha amada voltou a escrever!!! E que belo texto!!!! Parabéns!!!