Retrospectiva 2018 - (Parte 1 - Tailândia, Malásia e Singapura).

Em dezembro de 2017 compramos uma passagem de Paris para Tailândia. Deixamos o Bruno num estacionamento privado em Paris e partimos para uma viagem de 2 meses e meio para conhecer Tailândia, Malásia e Singapura. Não foi uma viagem programada e sim por pura emoção por conta do frio que estávamos passando em Paris. Sempre tive vontade de conhecer esses países e achei que seria uma boa oportunidade para essa viagem. Dessa vez não deu para irmos de carro, né?!? - risos -. Caso contrário, partiu, Bruno (o nome do nosso carro)!  

Uma coisa que aprendemos nesse período de um ano de vida de nômades é que viajar de carro é muito mais barato. O que gastamos de gasolina não chega nem perto do valor das passagens de trem, avião e ônibus. 




Tailândia é um país de contrastes, prédios e shoppings modernos e luxuosos misturam-se com as casas e estabelecimentos comerciais simples numa mesma rua e bairro. Nas ruas há todo tipo de transportes desde tuk-tuks (bicicletas motorizadas para transportar passageiros) até carros super luxuosos.  

Em Bangkok, ficamos hospedamos em prédios super modernos de mais de 18 andares com serviços de academia e piscina a disposição, para ter acesso ao seu andar é necessário utilizar cartão de identificação no elevador para poder subir, serviços de concierge, recepcionistas.  Nas famosas ilhas Koh Tao e Koh Phi Phi não conseguimos alugar apartamentos ou casas, só hotéis ou hostelEm geral, o custo foi bem em conta, ficamos em hotéis 4 estrelas por 20 €/dia e alimentação por 10 €/dia para duas pessoas para as três refeições principais. Bebidas alcoólicas são extremamente caras, mas, em contrapartida, os sucos naturais são deliciosos e custam 1/3 do preço de uma cerveja. Frutos do mar e peixe fresco, então, é uma festa! - Quem quiser dicas e detalhes, me manda um email. 😉. Esse blog é um registro da nossa vida de nômades, por isso não posto dicas de turismo. 

Quanto a comunicação, não foi tão difícil, já que a maioria dos Tailandeses arranha um inglês. No entanto, tivemos que usar o google translator para fazer compras no supermercado. Esse aplicativo nos ajudou bastante para identificarmos os produtos. Nos restaurantes era mais fácil, porque as fotos acompanhavam as descrições. 

Bangkok é uma festa! Feiras noturnas super animadas onde há todo tipo de comidas de rua Tailandesa. Acidentalmente passamos por uma rua com bares e clubes noturnos daqueles bem apimentados, com moças nas ruas trajando todo tipo de roupa de um Sexy Shop. Detalhe, essa rua está localizada bem no meio de um bairro residencial e atrás de um shopping famoso! Edison ficou todo sem graça, coitado. Mas bem que ficou olhando de rabo de olho para as belas meninas! - risos.  



Fizemos dois passeios de barco pelo rio Chao Praya. O primeiro foi um barco que cruzou o rio a partir do Templo Wat Phra Kaew em direção ao Templo Wat Arun. Muito lindo mesmo. Principalmente ao entardecer.   
 
A outra experiência foi fruto de uma enganação - risos - um suposto passeio de barco que nos levaria ao famoso mercado flutuante.  Aconteceu que queríamos muito conhecer esse mercado e não estávamos dispostos a pagar a fortuna que as empresas de turismo estavam cobrando. Então, fomos para a região de Bangkok onde saem os barqueiros a fim de encontrar um barco que nos levasse para este mercado. Daí, contratamos um que tinha um folheto com fotos do mercado flutuante. Só que não. O barco no levou para um passeio pelos canais do rio Chao Praya, que não deixou de ser interessante, mas não foi o que queríamos. Fomos para um mercado flutuante local, mas não era o FAMOSO e sim um mercadinho local. Não deixou de ser uma experiência diferente, percorremos vários canais do rio com casas típicas e tradicionais nas suas margens e, no mercadinho local, encontramos um cemitério budista. No budismo o corpo do falecido é cremado e colocado numa caixinha que, por sua vez, é colocada em mini templos como esses abaixo. 



Durante esse passeio de barco também encontramos uma senhora vendendo seus produtos dentro de seu barquinho. 👇



Como na China, há templos em todo lugar, inclusive mini templos nas entradas de residências, lojas, comércios, etc. Esse costume é para homenagear os patriarcas/matriarcas ou os primeiros proprietários. Todos os dias colocam balinhas, frutas, refrigerantes e velas para os falecidos e imagens de Budas. Além disso, sempre há uma oportunidade de presenciar cerimonias budistas muito lindas como esta abaixo 👇.  Foi num pequeno templo budista perto da estação de metro Ratchathewi. 



Depois de uma semana em Bangkok, resolvemos partir para as ilhas da Tailândia. São paradisíacas! Pegamos um ônibus de Bangkok até Krabi e de lá pegamos um barco até ilha Koh Tao. 




Foram 27 dias de ar puro, mar quentinho e cristalino, muito sol e muita natureza. A ilha é grande e com muitas praias deliciosas, ficamos 7 dias de um lado da ilha, a principal, e os 20 dias restantes ficamos no lado mais afastado, porém não menos lindo. Era mais tranquilo e silencioso. 




Nas ilhas é muito fácil alugar um scooter para passear e para fazer compras. Por incrível que pareça, não exigem carteira de habilitação.  



Apesar de estarmos bem felizes e confortáveis em Koh Tao, decidimos partir para conhecer famosa ilha Koh Phi Phi. Há passeios de barcos para as ilhas para passar um dia e depois retornar para onde estiverem hospedados, mas preferimos ficar bastante tempo nestas duas ilhas. 
 
Falando nos passeios de barco, não podemos deixar de registar um passeio que fizemos que foi o Maya Bay SleepAboard. Foi uma viagem de pernoite num barco de pescadores saindo da ilha Koh Phi Phi Lee para famosa ilha Koh Phi Phi Don; Maya Bay! Aliás, fecharam essa ilha no final de 2018 para recuperação ambiental. Vejam que sorte a nossa! Por que aventura? Porque foi uma viagem num barco pequeno, com um bando de jovens, sem banho de água doce por 24 horas e dormindo no convés num colchonete daqueles de fazer exercícios em academia. O banho do dia foi uma mangueirada de água doce logo após um mergulho com snorkel a noite para ver os plânctons iluminados. Parece interessante, sim, foi, mas.. para gente da na nossa idade....só para alguns mesmo! 😂😂. Como vejo coisa boa em tudo na minha vida, ao invés de reclamar do desconforto percebi as delícias de poder estar apreciando as lindas estrelas bem no meio do mar e passar a noite no Maya Bay, sem a interferência de luzes ou sons de uma cidade grande.  




Na noite do passeio a tripulação organizou um Luau no Maya Bay super divertido!👇 




Olha aí a moçada do nosso passeio de barco. Estou de canga branca do lado do de chapeu chinês. 



E nós, os coroas da turma! 😂 Os tripulantes, que eram Tailandeses, nos chamavam de PAPA e MAMA😜.  



Depois de 15 dias em Koh Phi Phi, retornamos para Bangkok para pegarmos um avião para Kuala Lumpur, Malásia. Para viajarmos mais leves, deixamos nossas malas maiores num guarda volumes do aeroporto. Ah! Como nos arrependemos de termos levado tanta coisa! E olha que tínhamos deixado o Bruno (nosso carro) em Paris abarrotado! Bem, sempre aprendemos com os nossos erros. Não é mesmo? Menos é mais. Aprendendo o desapego. 
  
Malásia é um outro país cheio de contrastes. Ficamos hospedados num prédio moderno com piscina e academia e com uma vista muito bonita. Deu até para assistir, de camarote (da janela do mini estúdio) os fogos de artifícios que soltaram no centro da cidade em comemoração ao Ano Novo Chinês.   

Tudo é mais caro do que na Tailândia, hospedagem, alimentação, transporte, etc. Gastamos, em média, 40€/dia. 
  
O ponto alto dessa viagem foi o Batu Caves, templo Indu. Para acessar o templo principal, tivemos de subir 272 degraus de escada. Ao redor há um conjunto de templos construídos dentro de cavernas imensas e no meio da floresta, situados no norte de Kuala Lumpur. A comunidade indiana local frequenta diariamente. A marca principal de Batu Caves é a imensa imagem do Senhor Murugan de 43 metros de altura que fica no início da escadaria de 272 degraus.  No corrimão da escadaria ficam os macacos que vivem nas cavernas. Eles são considerados animais sagrados pelos indianos e as vezes ficam fora de controle, causando tumulto e roubando sacolas e bolsas dos visitantes em busca de comida - risos. Na foto abaixo, tem um macaco sentado no topo do segundo corrimão a minha esquerda. 






Diferente da Tailândia e Malásia, Singapura, conhecida como cidade jardim, é moderna, muito  limpa e com poucos contrastes. É uma mistura do novo com o tradicional, como na Tailândia e Malásia, mas diferente em termos de estrutura e limpeza urbana. Fumar só em lugares destinados para esse fim, não há tocos de cigarro na rua. Chicletes, então, disseram que há uma multa terrível se pegarem alguém jogando um no chão.  

Com relação ao custo, tudo muito caro. Gastamos em média 55€/dia. 

O ponto alto dessa viagem foi visitar os Gardens by the Bay que é um conjunto de três jardins botânicos com design e arquitetura bem diferentes. Os Jardins ficam bem em frente ao famoso hotel Marina Bay Sands Luxury Hotel que tem uma piscina panorâmica de tirar o fôlego bem no topo do prédio do hotel. É um cartão postal da cidade. 




Depois de três dias de estada em Singapura, retornamos para Tailândia e fomos visitar Chiang Mai. Esta cidade fica na parte norte do país. Estávamos curiosos para conhecer essa cidade por ser considerada o pólo cultural da Tailândia. Realmente é uma cidade rica a nível religioso e cultural. Há templos lindíssimos distribuídos por toda cidade. 






O Wat Phrathat Doi Suthep é o templo mais importante da cidade que fica afastado do centro e fica no topo de uma montanha. Mais um templo com escadarias para subir, são 290 degraus para acessar o templo.  




Depois de estarmos devidamente abençoados pelos monges budistas tailandeses e de passarmos dois meses e meio perambulando pela Ásia, retornamos para Paris. 





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