Capela Sistina e Musei Vaticani – você conhece?
Se você é como a maioria das pessoas que ficam na fila e não
pagam visitas guiadas em grupo para conhecer a Capela Sistina e os Museus do
Vaticano, deverá ter seguido diretamente uma das placas que indicam um caminho
curto para a Capela e apressado o passo para se antecipar àqueles vários grupos
de chineses, japoneses, espanhóis e outros que abarrotam os corredores até lá.
Ao chegar na Capela você descobre, para seu desgosto, que
seu esforço foi em vão, pois outros grupos já vieram na frente e já lá estão amontoados,
cada um tentando arranjar o melhor lugar sem ganhar um torcicolo para descobrir
onde Michelangelo pintou seu famoso afresco “A criação de Adão”. Acontece aí o seu próximo desapontamento: “A
criação de Adão” é um pequeno retângulo em meio a muitas outras cenas no teto
alto da Capela e você está ali com a cabeça jogada para trás olhando
verticalmente para cima, espremido por uma pequena multidão. Uma vez localizada
a cena, na minha vez busquei o detalhe famoso dos dedos de Deus e Adão quase se
tocando para produzir a centelha da vida. Em vão. Dei conta que não levei meus
óculos e, àquela distância, o detalhe fica quase insignificante para meu olhar
míope. Paciência, fico com uma das muitas fotos à venda na gift shop do museu
ou uma imagem em detalhe da Internet.
Este é mais um daqueles desapontamentos na expectativa de
lugares, eventos e obras famosas: o desapontamento com o tamanho real da
Estátua da Liberdade que é descrita pelos americanos como monumento colossal ; com a visão da pelas horas de espera no frio
na Broadway para ver uma mísera esfera descer lentamente à meia noite do ano
velho; pela disputa de um lugar para ver de longe e protegida por um vidro a
prova de balas a pequena Mona Lisa; ou com a chuva inesperada que estraga a
foto romântica na superlotada Fontana di Trevi. E essa é também a sina do
turista comum que não tem muita opção para escolher o melhor dia, hora ou lugar
na sua tão sonhada viagem.
Mas no caso da Capela Sistina, justamente por estar no
Vaticano, sua alma atormentada pela frustração de turista ainda tem salvação: ao
sair da capela, você descobre que aqueles corredores pelos quais passou apressado
contém um riquíssimo acervo único no mundo – obras de coleções de diferentes
papas e eclesiásticos que foram reunidas ali – daí o nome Musei Vaticani
(Museus Vaticanos) pois são vários museus em um só. São 54 galerias, o que faz com
que o conjunto seja considerado um dos maiores do mundo. E o ineditismo, na
minha opinião, se dá por conta das várias centenas de objetos de arte religiosa
de todos os tempos só existentes ali.
“Visitar os
Museus do Vaticano é uma experiência única que deve ser experimentada pelo
menos uma vez na vida. Esta visita é uma longa e interessante viagem que irá
preenchê-lo com emoções através de mais de vinte séculos de história e arte. A
Capela Sistina, as salas de Raffaello e a Pinacoteca são apenas uma parte de um
grande número de coleções inestimáveis.
Os Museus do
Vaticano reúnem uma das coleções mais impressionantes e extensas do mundo
pertencente à Igreja Católica, com mais de 70 mil objetos expostos em uma área
de 42 mil metros. - Italy Museum”.
Imperdível, no
fim da sua visita você ainda é premiado com a espetacular escada helicoidal de
Giuseppe Momo (1930) que inspirou Frank Lloyd Wright para o Museu Guggenheim de
NY.
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